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Notícia
Atualize-se - 19/04/2024 - 12:04:44 -
Retorno a Haifa, livro do autor palestino Ghassan Kanafani
Artigo de Camila Gabriela dos Santos, membro do Clube do Livro Direito e Literatura, sobre obra que trata da experiência humana de viver na região de conflitos entre Israel e Palestina

A obra está disponível para empréstimo na Biblioteca Geral do Judiciário, que, além das obras de cunho jurídico,  também conta com uma nova coleção composta por obras de literatura. Os romances, contos, livros de poesia, crônicas, obras clássicas e contemporâneas, estão disponíveis para empréstimo a servidores/as, estagiários/as e magistrados/as do Poder Judiciário de Alagoas.

A nova coleção faz parte do conjunto de ações do \'Projeto Justiça que Lê\', que tem como objetivo tornar o Poder Judiciário de Alagoas uma grande comunidade de leitores. Clique para escolher um título e recebê-lo pelo sistema de delivery em qualquer unidade do Judiciário da capital. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (82) 2126-5350 ou pelo e-mail bibliotecageralesmal@gmail.com. 

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Retorno a Haifa

“Procuro a verdadeira Palestina, uma Palestina que é mais do que a memória, mais do que penas de pavão, mais do que um filho, mais do que rabiscos a lápis nas escadas”. 

Retorno a Haifa é um livro escrito por Ghassan Kanafanu, publicado originalmente em árabe em 1970 e traduzido por Ahmed Zoghbi, pela editora Tabla. Antes de adentrar aos aspectos do livro, inteiro ao leitor que o autor nasceu na cidade de Acre, no Estado de Israel, em 1936. Aos 12 anos, em 1948, foi exilado pelas forças israelitas, refugiando-se primeiramente no Líbano e em seguida na Síria, em decorrência do conflito no oriente médio envolvendo palestinos e israelenses. Este episódio esteve interligado a criação do Estado de Israel, sendo denominado pelos palestinos de “Nakba”, a qual relaciona-se ao significado de “catástrofe” ou “desastre”.

Esses aspectos são extremamente interessantes, tendo em vista que Kanafanu nunca retornou para casa. Ele foi assassinado em 1972 em Beirute, no Líbano, aos 36 anos, em um atentado a bomba, atribuído a Mossad (serviços secretos israelitas).

Dentre seu riquíssimo acervo de obras, retorno a Hafia descreve uma história que se assemelha à sua: os personagens Said e Safiya são um casal palestino que retornam a sua cidade natal, Hafia, após 20 anos do Nakba, ocasião em que foram obrigados a deixar suas casas em meio ao ataque. Este retorno é marcado por sensações profundas, especialmente tormentosas, uma vez que no ato da fuga, o filho primogênito do casal ficou para trás e, mesmo diante de tentativas, não foi possível localizar o paradeiro do bebê de apenas cinco meses.

Neste aspecto, marcados pelas lembranças dolorosas da fuga, em comunhão com a sensação de estranheza ao retornar a um lugar que antes era tão familiar, Said e Safiya nos transportam para uma realidade marcada pelo sofrimento causado pelas diversas vertentes que a guerra/conflitos armados causam nas vidas de suas vítimas.

Em discussão, o clube do livro pôde adentrar em perspectivas profundas sob o contexto analisado, sobretudo a partir da conclusão de que os povos palestinos e israelenses envolvidos no conflito detêm mútuas vivências dolorosas. Afinal, temos a junção de duas versões do conflito: Said e Safiya, ao retornar para sua antiga casa, encontram-se com novos moradores judeus, Miriam e Efrat, vindos refugiados da Polônia, igualmente afetados pelas desgraças da guerra, do holocausto e dos traumas latentes de sua população submetida a sofrimento. Eles foram realocados a residir na antiga casa de Said e Safiya. Esta casa, ao mesmo tempo, representa a expulsão de uma família palestina, sob tiros e bombas em meio a uma invasão, e o acolhimento de outra, refugiada da perseguição ao povo judeu.

-Veja. 

Mas Efrat não viu nada quando olhou para onde ela apontava. Os dois homens limpavam a palma das mãos na camisa cáqui. Ela disse ao marido:

- Era uma criança árabe morta! Eu vi! Estava coberta de sangue!

Ele a guiou pelo outro lado da rua e perguntou:

- Como você sabe que era uma criança árabe?

- Você não viu como eles a jogaram no caminhão, feito um pedaço de madeira? Se fosse uma criança judia, nunca teriam feito isso.

Questionou-se durante a discussão, ainda, como os panoramas culturais influenciam diretamente nas singularidades de um conflito endêmico, fazendo-se um paralelo com a situação atual deste conflito secular, envolvendo o Estado de Israel e o grupo Hamas. Além disso, os leitores e participantes puderam exprimir suas visões pessoais acerca dos sentimentos demonstrados pelos personagens envolvidos no enredo.

É de se destacar, por fim, que o livro conta com apenas 76 páginas e propõe ao leitor deflagrar reflexões críticas sobre a extensão do conflito na região, bem como do enraizamento da violência mútua entre os povos. Paralelamente, permite adentrar a singeleza das experiências de Said, Safiya, Efrat e Miriam, favorecendo a compreensão de que não existe a dualidade perdedores-vencedores em conflitos armados. Os povos civis são vítimas e, cada ser particularmente analisado, possui vivências traumáticas.



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