Sessão de julgamento no salão do 3º Tribunal do Júri, em Maceió.

Durante duas semanas, a 9ª Vara Criminal de Maceió realizou sessões do júri mesmo com o titular da unidade estando de férias. Os 14 julgamentos foram conduzidos por magistrados que se inscreveram em edital lançado pela Presidência do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL). A ação teve apoio da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ).

O objetivo, segundo o juiz João Paulo Martins, foi dar vazão a processos mais antigos, represados em razão da pandemia. "Cada dia contou com um juiz diferente. Aproveitamos toda a estrutura e equipe da Vara. A ideia do presidente Fernando Tourinho é repetir essa experiência ano que vem nas férias dos juízes das varas do júri da Capital", explicou o magistrado, que é auxiliar da Presidência do TJAL.

O juiz Wilians Alencar, titular da Comarca de Cacimbinhas, conduziu o julgamento desta terça-feira (31), na 9ª Vara Criminal. Para ele, a experiência foi positiva. "Processos do júri, por envolverem crimes contra a vida, tentados ou consumados, causam repercussões maiores, e por isso a sociedade espera uma resposta mais rápida. Com os mutirões o Tribunal tenta atingir as metas e prazos legais", afirmou.

Juiz Wilians Alencar conduz sessão nesta terça-feira (1º), no Fórum do Capital. Foto: Caio Loureiro

Mês do Júri

Nesta quarta (1º), começa em todo o país o Mês do Júri. Em Alagoas, foram pautados 158 processos. Estão previstas 111 sessões de julgamento no interior e 47 na Capital. 

Só no primeiro dia, devem ocorrer sete júris, nas comarcas de Maceió, São Miguel dos Campos, Maragogi, Quebrangulo e Teotônio Vilela. A ação foi instituída pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

"Vamos também fazer mutirões em duas segundas-feiras, 13 e 27 de novembro, com processos da 7ª e da 8ª Vara Criminal da Capital. Serão cerca de 30 sessões no total, em universidades", afirmou João Paulo Martins. As portarias podem ser conferidas aqui.