De acordo com dados de 2022 do Ministério da Saúde, cerca de 14 milhões de pessoas têm alguma doença cardiovascular no Brasil. São pelo menos 400 mil mortes relacionadas a essas enfermidades por ano, o que corresponde a 30% dos óbitos. O Departamento de Saúde e Qualidade de Vida (DSQV) do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) esclarece dúvidas sobre o assunto.

O cardiologista Adelson de Miranda Filho explicou os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial sistêmica (HAS), infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

“Entre os principais riscos estão o fator genético, tabagismo, diabetes, dislipidemias (colesteróis e triglicerídeos altos), obesidade, sedentarismo, estresse contínuo e excesso de bebidas alcoólicas. Os homens são mais propensos a ter infarto e mulheres AVC”, afirmou o médico.

Sinais de alerta

O especialista destacou alguns sinais importantes para reconhecer doenças cardiovasculares, como o AVC, caracterizado por dormência ou perda de força em um lado do corpo, dificuldade repentina para falar, perda súbita da visão, tontura intensa ou falta de coordenação motora, dor de cabeça súbita e intensa.

Já para o infarto, os principais sintomas são dores ou desconforto no peito, principalmente no lado esquerdo, que pode se espalhar para o braço esquerdo, costas, estômago ou mandíbula.

Havendo suspeita clínica, é recomendável ligar ou ir imediatamente ao serviço de emergência, pois o tempo de início dos sintomas é fundamental para o adequado tratamento e prevenção de graves complicações.

Prevenção

Em relação à prevenção, o médico Adelson salientou a necessidade de realizar acompanhamento médico para poder haver um controle no caso de aparição de alguma doença cardiovascular.

“É importante realizar consultas regulares para a prevenção e tratamento adequado de doenças cardiovasculares com cardiologista ou clínico geral, com frequência anual e devendo ser iniciado a partir dos 35 anos, para realização de exames laboratoriais relacionados com glicose, colesteróis e outros marcadores, e realização de exames de imagem como eletrocardiograma, ecocardiograma e teste ergométrico”, apontou o cardiologista.

Conforme o médico, uma alimentação saudável ajuda a controlar o colesterol ruim e diminuir os riscos destas doenças. Evitar alimentos ricos em gordura saturada, como a carne vermelha e as processadas, frituras, e comer mais frutas, legumes, verduras, cereais e grãos integrais, e gorduras saudáveis. Para evitar a hipertensão, é necessário evitar o consumo excessivo de sal e sódio.

O exercício físico regular é recomendável e melhoram os principais fatores de risco modificáveis, como, o melhor controle da hipertensão, melhoras dos níveis do colesterol bom (HDL) e queima o colesterol ruim (LDL), além de reduzir o risco de obesidade e melhorar o estresse.

Adelson explicou que a atividade física regular deve incluir 150 minutos por semana de exercícios moderados ou 75 minutos de atividade intensa, aliados ao fortalecimento muscular duas vezes por semana. 

Douglas Henrique - Dicom TJAL
imprensa@tjal.jus.br