“Quem comete alienação parental, transmite diretamente sentimentos negativos às crianças e adolescentes. As consequências podem chegar a níveis extremos, até mesmo irreversíveis”. A fala é do magistrado Wlademir Paes durante a palestra sobre alienação parental, promovida pelo Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE). 

A ação foi realizada na tarde desta terça-feira (26), Dia Nacional do Combate e Prevenção à Alienação Parental, na Colônia dos Pescadores do bairro do Pontal. A palestra foi direcionada a pais e responsáveis por alunos da Escola Municipal Silvestre Péricles. 

O juiz Wlademir Paes explicou o conceito de alienação parental, quando um ou mais parentes de uma criança ou adolescente querem conviver com ela, mas algum outro cria dificuldades para impossibilitar esse convívio. Segundo o magistrado, o alienador utiliza estratégias de manipulação para gerar tais dificuldades.

Ações comuns de alienação, de acordo com o juiz, são comentários negativos frequentes sobre o parente, geralmente mãe ou pai, e a criação de empecilhos para dificultar o convívio e vínculo afetivo. Tais atos geram consequências como fragilidade psicológica, ansiedade, crise de angústia e medo irracional de abandono.

No campo Judiciário, o magistrado afirmou que os casos de alienação parental são resolvidos por estratégias de reaproximação entre o parente e a criança ou adolescente. Para que isso seja feito da melhor maneira possível, o Tribunal de Justiça de Alagoas conta com uma equipe de profissionais, como psicólogos, pedagogos e assistentes sociais.

Ao fim da palestra, o juiz respondeu perguntas e tirou dúvidas dos pais e responsáveis presentes. “A temática da alienação parental precisa ser cada vez mais levada para a população, sair dos muros do Judiciário. Esse problema pode vitimar pessoas de todas as classes sociais e comunidades, então vamos agir para gerar conscientização”, finalizou Wlademir Paes.