Na tarde desta segunda-feira (24), o Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE) promoveu a palestra “Bullying não é brincadeira” para cerca de 280 estudantes de escolas públicas contempladas pelo programa. O debate foi ministrado pela psicóloga Poliana Amorim e o magistrado André Gêda. 

“O ambiente escolar precisa ser um espaço de escuta e aprendizado, não de medo e terror. Ao falarmos sobre bullying, não basta saber o conceito do problema, mas buscar maneiras efetivas de prevenir e combater o problema”, afirmou a psicóloga durante a palestra.

Psicóloga Poliana Amorim explicou aos estudantes o que é o bullying e as formas que ocorre. Foto: Rafael Alves. 

A profissional definiu o bullying como atitudes agressivas, intencionais e repetitivas contra vítimas vulneráveis, que geralmente não têm como se defender. A violência deste problema pode se apresentar de diversas formas: física, verbal, material, social e até mesmo digital, prática conhecida como cyberbullying.  

A psicóloga também pontuou que os agressores, na maioria das vezes, também são uma espécie de vítima: vítimas de um ambiente familiar violento, que reproduzem as práticas vivenciadas no contexto em que estão inseridos. 

“É de extrema importância que em casos de bullying, sendo vítimas ou espectadores, vocês busquem ajuda. Essa violência pode gerar problemas de socialização, doenças mentais, ou até mesmo problemas de saúde. Não se calem. Se façam ser ouvidos”, orientou Poliana Amorim. 

Complementando a fala da psicóloga, o juiz André Gêda explicou aos estudantes que, uma vez que o aluno busque ajuda na escola e providências não sejam tomadas, a vítima deve buscar orientação para recorrer a outros meios, como o conselho tutelar ou até mesmo o Ministério Público. 

Juiz André Gêda durante a palestra para os estudantes. Foto: Rafael Alves. 

Encerrando a palestra, o magistrado e a psicóloga responderam dúvidas dos estudantes. André Gêda também orientou os estudantes a compartilharem os conhecimentos apreendidos naquele momento com o máximo de pessoas, tornando-se replicadores de informações valiosas. 

“Não adianta a gente passar o conhecimento para vocês e ele ficar preso aqui nesse auditório. Precisamos que vocês espalhem o que explicamos aos colegas, aos pais e a todas as pessoas que vocês puderem. Bullying não é brincadeira. Todos precisam saber”, encerrou o juiz. 

Mauricio Santana - Esmal TJAL
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