Imagem cedida pelo PCJE

O Programa Cidadania e Justiça na Escola promoveu, na Escola Municipal Dr. Pompeu Sarmento, uma palestra com a temática "Diversidade de Gênero e Direitos Fundamentais” para cerca de 180 estudantes. A magistrada Carolina Valões foi a responsável por ministrar o momento, voltado a informar e conscientizar esses jovens. 

“Esse tema, além de atual, é extremamente necessário de ser discutido desde cedo. Precisamos informar esses adolescentes, para que saiam da palestra e disseminem essa conscientização o máximo possível”, afirmou a juíza.

Juíza Carolina Valões fala aos estudantes sobre diversidade de gênero. Foto: Sarah Nobre.

A palestra foi iniciada com uma breve explicação sobre o que é sexo biológico, identidade de gênero e orientação sexual. Segundo a juíza, sexo biológico é definido pela genitália ao nascer, já a identidade de gênero diz respeito a como o indivíduo se sente e se enxerga. Por fim, a orientação sexual define por qual sexo a pessoa sente atração física e afetiva. 

A magistrada reforçou aos estudantes que, apesar de sexo biológico sempre ser masculino, feminino ou intersexo, as noções de gênero e sexualidade estão se expandindo cada vez mais. Existem os gêneros mais comuns (homem, mulher e não-binárie), assim como as sexualidades mais conhecidas (heterossexual, homossexual e bissexual), mas o crescimento da pauta LGBTQIA+ fez com que novos termos surgissem. Carolina Valões reiterou que todos devem ser respeitados, independente de como se identificam. 

“É nossa obrigação, enquanto cidadãos, respeitar e reconhecer todas as pessoas da forma que se identificam. Uma vez que ela se sente dessa forma, não cabe a nós julgar ou repreender, apenas respeitar”, disse a juíza durante a ação. 

Estudantes recebem informações fornecidas pela magistrada. Foto: Sarah Nobre.

Finalizando a palestra, a juíza falou aos estudantes sobre os direitos fundamentais de todo ser humano, independente de sexo, gênero ou orientação sexual. Entre eles, estão a igualdade formal, liberdade e direitos políticos. A magistrada reforçou que, infelizmente, tais direitos são negados a pessoas que fogem do padrão imposto socialmente: homem, branco, heterossexual, cisgênero e de classe média alta. 

Ao fim da ação, Carolina Valões tirou dúvidas dos estudantes. Foto: Sarah Nobre.

O momento foi encerrado com dúvidas e curiosidades dos estudantes, a respeito da temática, sendo respondidas pela juíza. Para a gestora da escola, Rita de Cássia Pimentel, abordar esse assunto é essencial para expandir a mente desses jovens desde cedo. 

“Ao falar sobre diversidade de gênero para esses alunos, a gente abre a mente de cada um quanto às suas descobertas e aos direitos conquistados. Para alguns, o assunto gerou certa polêmica, mas a juíza soube informar muito bem”, finalizou a gestora, reforçando que espera que mais palestras como essa possam ser ofertadas aos estudantes. 

Mauricio Santana - Ascom Esmal/ TJAL
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