Na segunda-feira (12), o Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE) promoveu a palestra “Valorize a vida, suicídio não!” para cerca de 300 alunos de escolas públicas contempladas pelo programa. A médica e voluntária do Centro de Valorização à Vida (CVV), Delza Gitai, foi a palestrante convidada para conversar sobre saúde mental com aos estudantes.

O Centro está disponível para atendimento por telefone, pelo número 188, por chat, clicando neste link , e por e-mail. Qualquer pessoa que sinta necessidade pode entrar em contato com o CVV, que oferecerá atendimento feito por um voluntário, com respeito, anonimato, e que guardará sigilo sobre tudo que for descrito.

“Todos nós nascemos para a vida, para valorizá-la e deixar o nosso melhor nesse mundo. Diante de um momento de fragilidade, esse conceito acaba passando despercebido, mas falar com alguém a respeito sempre poderá ajudar”, afirmou Delza durante a palestra. 

Equipe do PCJE ao lado da voluntária do CVV, Delza Gitai, e do coordenador do CVV em Maceió, Luiz Lessa. Foto: Mauricio Santana

A voluntária do CVV iniciou a ação informando aos estudantes a respeito do aumento de casos de suicídio no Brasil durante os tempos de pandemia, o que considera uma epidemia de suicídio silenciosa e silenciada pelas autoridades governamentais. Segundo a médica, o ato de tirar a própria vida não é um simples impulso impensado, mas o ápice de um processo de acúmulo de experiências ruins. 

Diante disso, a palestrante afirmou que falar a respeito de possíveis problemas é a melhor maneira de lidar e conseguir ajuda e explicou aos adolescentes como funciona o Centro de Valorização à Vida. 

“Com 60 anos de existência, o CVV é formado por voluntários treinados que oferecem apoio emocional, promovendo a prevenção ao suicídio de maneira gratuita e humanitária”, disse Delza aos estudantes. 

A palestrante falou aos estudantes a respeito do CVV e meios de prevenção ao suicídio. Foto: Mauricio Santana

A médica também exibiu vídeos educativos a respeito do CVV, da técnica de escuta empática, dos meios de prevenção ao suicídio e combate ao bullying, problema que assola muitos estudantes e pode levá-los a problemas como depressão e ansiedade. 

Ao fim da palestra, a voluntária do CVV respondeu dúvidas dos estudantes a respeito de onde buscar ajuda em caso de ideações suicidas, curiosidades em relação ao funcionamento do Centro, e leu relatos anônimos escritos por estudantes. 

Delza Gitai respondeu dúvidas escritas e leu relatos de estudantes ao fim da palestra. Foto: Mauricio Santana

“A adolescência é uma fase de muita fragilidade emocional, então é necessário que esses jovens saibam que há possibilidade de apoio emocional no CVV, de atendimento psicoterápico pelo SUS e outros meios de ajuda. É muito importante que essa juventude em pleno desenvolvimento saiba que há condições de valorizar a vida”, enfatizou Delza Gitai.

A estudante Gabriely Santos, da Escola Estadual Prof. Mario Broad, disse que a temática precisa ser abordada com mais frequência. 

“Falar sobre suicídio e a prevenção a isso não deveria ser algo feito apenas no mês de setembro, durante o Setembro Amarelo. Como é um problema constante, falar sobre esse tema também devia ser”, concluiu Gabriely. 

Mauricio Santana - Ascom Esmal/TJAL

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