Crianças e adolescentes têm o direito de sonhar. Precisamos proporcionar a cada um deles uma sociedade onde esse direito não seja violado, nem roubado de seus corações. A fala é da assistente social e conselheira tutelar Veraleide Nazaré e foi feita durante a palestra Como a exploração do trabalho infantil fere os direitos das crianças?, direcionada a adolescentes entre 13 e 16 anos, estudantes de escolas contempladas pelo Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE).
A ação foi realizada na quarta-feira (15), no auditório da 13ª Gerência Regional de Ensino (GERE), e faz parte da programação do PCJE em alusão ao Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, celebrado em 12 de junho. Na última segunda-feira (13), outra palestra com a mesma temática foi promovida pelo programa.
Além de Veraleide Nazaré, o momento contou com a presença de Reichardt Barros, servidor do Judiciário, que explicou aos estudantes a idade mínima para trabalho, que é de 14 anos, apenas como jovem aprendiz, e 16 anos em qualquer área, desde que não seja realizado em turno noturno, situação perigosa ou insalubre.
O servidor também falou a respeito das leis que garantem a proteção geral dos direitos de crianças e adolescentes, previstas na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e demonstrou exemplos de casos reais para contextualizá-las. Ele também discorreu sobre como a exploração do trabalho infantil pode causar problemas para o resto da vida.
A assistente social Veraleide Nazaré utilizou bonecos para auxiliar na compreensão dos adolescentes. Foto: Mauricio Santana
A exploração do trabalho de crianças e adolescentes os afastam da escola, fazendo eles perderem oportunidades de transformar as realidades em que vivem. O problema é algo a ser trabalhado não só com as crianças, mas principalmente com orientações para as famílias, afirmou Reichardt Barros.
Complementando a fala do servidor, Veraleide Nazaré falou mais sobre a regulamentação do menor aprendiz, programa no qual os adolescentes a partir de 14 anos podem ingressar no mercado de trabalho com todos os direitos previstos em lei, mas conciliando essa atividade com os estudos.
Finalizando a palestra, a conselheira tutelar e o servidor do Judiciário realizaram um momento lúdico, no qual responderam dúvidas dos estudantes e cantaram músicas com os alunos.
A importância de abordar esse tipo de temática desde cedo, é pra que cada aluno tenha conhecimento em relação aos seus direitos. Hoje em dia existe uma banalização, dizem que é melhor trabalhar, do que fazer coisa errada. Quando se trata de crianças e adolescentes, o melhor é estudar, concluiu Veraleide Nazaré.
Mauricio Santana - Ascom Esmal/ TJAL
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