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Judiciário realiza ação natalina para mulheres vítimas de violência doméstica
Casa da Mulher promoveu um momento singelo do natal e um dia de beleza; evento teve apoio do Sesc e do Senac
A Casa da Mulher Alagoana foi quem me acolheu, é uma nova história na minha vida, disse Eliane Dantas, uma das 50 mulheres atendidas pela instituição que compareceu, nesta terça-feira (7), a uma ação natalina realizada pelo Poder Judiciário com o apoio do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).
De acordo com a coordenadora da casa, Érika Lima, a ação busca promover uma forma singela do natal e oferecer as mulheres um dia de beleza. Um dia para que elas possam aumentar a autoestima delas, se arrumando, fazer um lanchinho e levar uma lembrancinha.
A coordenadora ainda explicou que a instituição formou cestas básicas com os alimentos arrecadados na IV Corrida do Servidor, realizada no mês de outubro, para dar às mulheres presentes. Érika reiterou que as parcerias foram muito bem-vindas, já que os resultados foram satisfatórios, com muitas mulheres sendo atendidas e saindo felizes do local.
Eliane Dantas, ex-militar, conta que foi vítima de violência psicológica, física e financeira pelo ex-marido, mesmo tendo dedicado todas as suas economias para custear o curso de Direito dele. Ele se formou, trabalhei com ele, depois ele fechou o escritório. Só de lembrar ainda sofro. Ele fez a minha cabeça, tirou tudo, até o meu dinheiro. Fiquei sem chão e tentei suicídio, disse.
Eliane também conta que está fazendo o curso de Auxiliar Administrativo, promovido pelo Senai em parceria com a Casa da Mulher. Depois que eu vim para cá, a minha vida está mudando aos pouquinhos. Aqui eu fui acolhida, revelou.
Valdete Salles, também atendida pela Casa da Mulher, conta que entrou em contato com a Lei Maria da Penha após uma série de ameaças e agressões que sofreu do ex-marido. Fui orientada pela Delegacia da Mulher a buscar apoio aqui na casa. Falei com a psicóloga daqui, todas me ajudaram suficientemente bem. Me acolheram como uma mãe para mim, disse.
Atualmente Valdete se sente livre do agressor, que já chegou a descumprir a medida protetiva três vezes. Hoje estou vivendo com os meus filhos no cantinho que aluguei. Sou muito grata pelo acolhimento tão especial de cada um daqui.
Ela também estimulou outras mulheres a denunciarem seus agressores e buscarem a Casa da Mulher para receber o apoio e direcionamento. Eu falo para qualquer mulher seja corajosa, não tenha medo, enfrente a realidade e não abaixe a cabeça para homem nenhum, que somos mulheres guerreiras e vitoriosas.
