“Como nos faz bem fazer o bem. O voluntariado é a renovação do entusiasmo pela própria vida. Construir futuros é uma tarefa para grandes, mas fazer isso de forma voluntária, é uma tarefa para poucos. Que o PCJE seja parte dessa corrente de amor por anos e anos”. É o que disse a juíza Carolina Valões, coordenadora do Programa Cidadania e Justiça na Escola, em evento comemorando os 20 anos do PCJE.

Na solenidade, iniciada com uma apresentação do músico alagoano Igbonan Rocha, foi exibido o vídeo institucional “PCJE faz 20 anos”. A ocasião teve  a presença da Dra. Carolina Valões, além da desembargadora Elisabeth Carvalho, diretora da Esmal, autoridades da Educação estadual e municipal e alguns dos ex-coordenadores do PCJE. O evento foi transmitido virtualmente e pode ser assistido na íntegra neste link.

O músico Igbonan Rocha durante sua apresentação musical no evento virtual. Foto: Reprodução/YouTube

O documentário conta, de forma breve, um pouco da trajetória do PCJE ao longo de seus vinte anos de existência, mostrando diversos registros de ações realizadas pelo Programa ao longo deste tempo, com certa ênfase no enfrentamento das dificuldades na realização das ações diante da pandemia do coronavírus.

A produção mostra também entrevistas com quem torna possível a existência do PCJE, como membros da equipe, das secretarias estadual e municipal de educação, além de servidores, gestores e alunos de escolas contempladas pelo programa. 

Declarações de convidados

No momento de transmissão do evento pelo YouTube, todos os presentes deixaram diversos agradecimentos às três servidoras que integram há muitos anos a equipe do programa: Ana Valéria Pitta, Luzia Rodrigues e Conceição Marques. 

Ana Valéria Pitta, Luzia Rodrigues e Conceição Marques, integrantes do PCJE. Foto: Ascom Esmal

“Essas três mulheres sempre me encantaram e foram inquietas, cheias de ideias a serem realizadas pelo Programa, que hoje é maior programa de justiça social do Judiciário de Alagoas. Nele a gente pode servir às pessoas, a quem precisa, às crianças e adolescentes nas escolas, e sempre com um sorriso no rosto”, disse o desembargador Fernando Tourinho.

Além de Tourinho, o evento contou com falas de outros ex-coordenadores do Programa: o juiz Hélio Pinheiro, o também juiz Anderson Passos, que já foi o Papai Noel em algumas das edições do projeto Natal Solidário, e a juíza Fátima Pirauá, que recentemente realizou palestras em duas escolas públicas de Maceió sobre abuso sexual, em parceria com o PCJE.

“Por muito tempo, o Judiciário não ia para além dos próprios muros, mas agora vemos a importância de dialogar com a sociedade. Palestramos em duas escolas e pudemos ver o retorno dos educadores e também dos alunos. É hora de resgatar esse vínculo, de manter esse elo, pois o magistrado não é só quem resolve conflitos. Ele é um agente de transformação social”, falou a juíza Fátima Pirauá.

A juíza Fátima Pirauá em sua fala precedente à exibição do documentário. Foto: Ascom Esmal

Além da atual e dos ex-coordenadores do PCJE e da desembargadora Elisabeth Carvalho, o evento de lançamento do documentário também contou com a participação de Emília Caldas, secretária adjunta da Secretaria Municipal de Educação (Semed), e de José Marcio Augusto de Oliveira, secretário executivo da Secretaria Estadual de Educação (Seduc).

Ainda na solenidade, a Dra. Carolina Valões realizou uma fala a respeito da importância do voluntariado, em especial das ações do PCJE ao longo de seus vinte anos de existência.

“Voluntários são pessoas que estiveram e estão despertas para realizar o bem, tomando o serviço ao próximo como uma missão. Esse movimento de amor ao próximo, torna o PCJE tão especial, fazendo sua importância ressoar ano após ano, não apenas para os alunos, mas especialmente para os voluntários. Quantos não foram os que se entregaram, vibraram, choraram, agradeceram e dedicaram parte de seu tempo para fazer o bem dali em diante? Como faz bem fazer o bem”, disse a juíza em um trecho de sua fala.

Ela discorre ainda sobre o impacto do PCJE na carreira de tantos magistrados e na dela própria, citando o momento em que entregou nas mãos de uma aluna deficiente visual, um dispositivo Alexa, como prêmio por ter vencido o concurso de redações elaborado pelo Programa. A juíza descreve o momento como um dos mais importantes de sua magistratura, talvez de toda a vida. 

Sobre o PCJE

O Programa Cidadania e Justiça na Escola é uma iniciativa da Esmal, por meio da Coordenação de Projetos Especiais, que conta  com a parceria das secretarias municipal e estadual de educação.