Nesta pandemia, muitas mães estão impossibilitadas de exercer suas profissões, sobrecarregadas com as tarefas domésticas e com os cuidados com a família, observou a juíza Ana Florinda, durante live no Instagram @cidadaniaejusticanaescola, realizada nesta quinta-feira (6). Na ocasião, a família, que é a união entre pessoas que possuem laços baseados no afeto ou na identidade, foi analisada sob os pontos de vista da magistrada e da servidora do Judiciário, Marta Tenório. A conversa promovida pelo programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE), da Escola Superior da Magistratura (Esmal), contou com a apresentação da repórter da TV Tribunal, Mara Almeida.
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Durante o encontro, a juíza Ana Florinda, que atua no Núcleo de Promoção à Filiação do Tribunal de Justiça de Alagoas (NPF/TJAL), apresentou dados estatísticos que revelam que o número de mulheres caracterizadas como principais responsáveis financeiras pelas famílias tem crescido. No entanto, nas relações familiares, as cuidadoras primárias permanecem sendo elas, isso significa que são necessárias políticas públicas que prevejam a proteção das famílias e priorizem a figura feminina, pontuou a magistrada.
A servidora do TJAL Marta Tenório, por sua vez, destacou que com os avanços da sociedade, o Direito já reconhece pelo menos onze tipos de família que já existiam na vida concreta, mas que agora são visibilizadas no Judiciário, conforme definido no manual de Direito das Famílias da jurista Maria Berenice Dias.
Quando falamos dessa multiplicidade de tipos de família, muitas pessoas pensam que estamos falando apenas das homoafetivas, mas há ainda a matrimonial, constituída pelo casamento tradicional; a informal, formada por meio das uniões estáveis; a monoparental, com apenas um dos genitores; a anaparental, quando não há necessariamente o vínculo sanguíneo; a eudemonista, família que surge essencialmente pelo vínculo afetivo; as famílias paralelas, que são caracterizadas por uniões estáveis simultâneas; a poliafetiva,; as pluriparentais, exemplificou Marta.
O PCJE On-line é uma iniciativa do PCJE, que adaptou suas palestras, as quais, antes da pandemia, eram realizadas em escolas públicas de Alagoas, para o formato virtual. A ação é realizada em parceria com a Secretaria de Educação do Estado (Seduc) e a Secretaria de Educação de Maceió (Semed). A transmissão é direcionada, prioritariamente, para professores, coordenadores e estudantes da rede pública.
Carolina Amancio- Esmal TJAL
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