Imagem cedida pelo Clube do Livro Direito e Literatura

“Conceição Evaristo é uma das maiores escritoras brasileiras do nosso tempo, uma voz que merece ser ouvida, que com sua ‘escrevivência poética’ e potente no livro Ponciá Vicêncio gera incômodo e reflexão”. A fala é da diretora da Biblioteca Geral do Judiciário, Mirian Alves, a respeito da obra selecionada para iniciar o sexto ciclo do Clube do Livro Direito e Literatura.

O encontro, realizado no Café Literário da Esmal, marca a retomada das reuniões presenciais do clube, interrompidas em fevereiro por conta do avanço de casos da pandemia de Covid-19 na época.

O livro é um romance de formação e acompanha a protagonista Ponciá Vicêncio, da infância até a vida adulta. A obra narra suas vivências e de seus familiares, os desejos, os anseios, os incômodos e a inconformidade com a situação em que vive. 

“É uma obra feita para incomodar. Apesar da sensibilidade, a autora escancara de forma crua e brutal o racismo que persegue os descendentes dos povos negros no Brasil. Além disso, o livro também percorre a ancestralidade, espiritualidade, afeto e amor entre os personagens. Conceição Evaristo acertou em cheio no seu primeiro romance”, diz Mauricio Santana, estagiário de jornalismo e novo membro do Clube do Livro. 

As reuniões do Clube do Livro acontecem mensalmente, nas quais são debatidas uma obra diferente a cada mês. No próximo encontro, os membros debaterão “O Último Dia de Um Condenado”, do escritor francês Victor Hugo. 

Mirian Alves, que também atua na organização e curadoria do clube, conta que os integrantes já leram 30 livros desde o primeiro ciclo de reuniões. Para ela, os encontros são momentos de partilha, interação e conexão entre os participantes. 

“Os pontos de vista se complementam e ampliam nosso entendimento sobre a obra lida e sobre questões da vida. É um exercício de escuta, de fala, de aprendizado coletivo, sempre com muito afeto”, conclui a servidora.

Mauricio Santana - Ascom Esmal/ TJAL
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