A cultura da comunidade indígena fictícia kaajakupugi, seu esforço para continuar existindo, a Amazônia destruída, o colonialismo - disfarçado de boas intenções - do homem branco. Esse é o pano de fundo no qual se tece a distopia ‘A morte e o meteoro’, do autor cuiabano Joca Reiners Terron, escolhida pelo Clube do Livro: Direito e Literatura  para ser debatida nesse ciclo.  

Essa foi a primeira vez que a luta dos índios brasileiros foi colocada em debate pelo grupo, que tem selecionado obras que apresentam múltiplas perspectivas sociais, promovendo assim uma interlocução entre a literatura o Direito. Para Arielly Mergulhão, servidora da Diretoria Adjunta de Gestão de Pessoas (DAGP), esse diálogo representa a humanidade de cada processo, a necessidade da empatia para tratar as questões que surgem ao executar suas funções no Judiciário.  

“Ao analisar um processo, existem casos muito difíceis e não podemos nos prender a um único ponto de vista, sobretudo quando estamos diante de situações que envolvem minorias. A sensação é parecida com quando você folheia um livro e reflete sobre como o ser humano pode descer à barbárie. É essencial fazer o esforço para compreender as condições que o fizeram chegar àquele estado”. 

Para a servidora, o livro é um exemplo de como essa alteridade pode se dar, quando insere o leitor na vida do povo indígena, que passa a conhecer aquela comunidade do ponto de vista do explorado, o oposto de como é normalmente registrada a História. 

Esse ano, o Clube já discutiu  as obras "A morte de Ivan Ilitch”, de LevTolstói, e “Crime do cais do Valongo”, de  Eliane Alves. No mês de junho o livro para estudo será “Sobre os ossos dos mortos”, de Olga Tokarczuk. A última reunião virtual do ciclo ocorreu nesta segunda-feira (3), por meio do Google Meet.

Para participar da próxima reunião do Clube, entre em contato com  Biblioteca Geral do Judiciário pelo e-mail bibliotecageralesmal@gmail.com  e verifique a disponibilidade de vaga rotativa.  

Carolina Amancio - Esmal TJAL

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