Obra “O Crime do Cais de Valongo” foi debatida pelos integrantes do Clube do Livro
O Clube do Livro do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) realizou uma reunião virtual, nesta terça-feira (13), para discutir a obra “O Crime do Cais de Valongo”, romance policial histórico da escritora Eliana Alves Cruz. A publicação tem como pano de fundo a investigação do assassinato de um rico comerciante no início do século XIX.
A partir da narrativa, a autora leva o leitor até uma África desconhecida, vivenciando os horrores da escravidão no Brasil. Para a servidora Karinne de Medeiros Duarte, o livro é marcante devido à perspectiva histórica adotada de visitar o passado oculto do Brasil Colônia.
“A sociedade brasileira vê na escravidão algo distante, vinculado ao passado, mas o retrato da história de cada personagem da forma que foi contada pela autora, aproxima o leitor e retrata o sofrimento dos negros, intolerância religiosa e cultural em um passado não tão distante. Por outro lado, é uma história de resistência, luta e esperança”, explica.
A servidora também recomenda a leitura. “O retrato cruel da tentativa de extirpar suas próprias identidades através da tortura e subjugação deve ser lida por todos, discutida e sempre relembrada. Um país que não relembra o seu passado é incapaz de compreender o presente e trilhar um futuro que jamais admita que tais atrocidades voltem a se repetir. Sem dúvida, um dos melhores livros que já li”, destaca.
O próximo encontro do Clube acontecerá no dia 3 de maio, quando será discutido o livro “A morte e o meteoro”, de Joca Reiners Terron. No atual ciclo de leitura, iniciado em março, também já foi debatida a obra “A morte de Ivan Ilitch”, de Liev Tolstói.
Periodicamente, são abertas vagas para magistrados e servidores participarem dos encontros, que também valem certificados de presença.