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Curso de Libras capacita servidores do TJAL em linguagem acessível e inclusiva
Formação, promovida pela Escola da Magistratura, ocorreu em três encontros pela plataforma Zoom Meetings
A Escola Superior da Magistratura de Alagoas finalizou, nesta quarta-feira (26), o curso "Projeto de Capacitação em Língua Brasileira de Sinais (Libras)", voltado a 250 servidores do Poder Judiciário de Alagoas. A formação, que aconteceu pela plataforma Zoom Meetings, teve início no dia 12 de novembro, com novo encontro no dia 19 .
Ministrado pelo professor Humberto Meira de Araújo, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a atividade forneceu ferramentas úteis para um acolhimento mais humanizado e adequado, fazendo uso da Libras e de meios de comunicação visuais acessíveis e aplicados aos fluxos de trabalho do Judiciário.
De acordo com Humberto Meira, a expectativa é a de que os frutos possam ser vistos na rotina institucional.
Queremos que o participante esteja apto para recepcionar, acolher bem, tomar providências, como chamar um intérprete profissional ou mesmo avaliar as condições de atendimento que estão sendo oferecidas. Na maioria das vezes, as pessoas surdas se dirigem acompanhadas quando precisam resolver suas questões em instituições públicas, mas ainda assim é possível aprimorar essa condução. Atitudes simples, como dirigir-se diretamente ao usuário do serviço, usar expressões cordiais, buscar a troca e saber como tomar as melhores providências, certamente já são capazes de refletir um impacto na satisfação por parte dessa população, destacou o docente.
Humberto também enfatizou que a troca de experiências e aprendizados é sempre proveitosa e gera engajamento entre os cursistas. Trata-se não apenas de aprender uma língua nova, nesse caso, mas de exercitar o olhar e a sensibilidade para com as necessidades do outro. Nos encontros que tivemos já sentimos a importância de compartilhar vivências, impressões, receios, completou.
Para o professor, a acessibilidade comunicacional passa pelo acolhimento independentemente da condição da pessoa ou da língua que ela fale.
"Quando há interesse e disponibilidade em se relacionar, a comunicação pode fluir melhor. A ideia é horizontalizar as noções aprendidas para qualquer que seja a necessidade do outro, pensando sempre em oferecer um ambiente adequado e condizente com as expectativas universais de um bom atendimento público, finalizou Humberto Meira.
Filipe Norberto - Ascom/Esmal
