Entre processos antigos, personagens reais e ficções inspiradas em fatos históricos, a historiadora e servidora do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) Hilda Monte apresentou, neste sábado (8), três novas obras no estande da Escola Superior da Magistratura (Esmal), durante a 11ª Bienal do Livro de Alagoas: Karawara, Crônicas do Judiciário Alagoano Volume I e O Último Enforcado do Império do Brasil: a História e o Processo.
É um prazer e uma honra lançar essas obras no estande da Esmal, porque foi exatamente nesta casa, o Tribunal de Justiça de Alagoas, que eu desenvolvi as pesquisas que deram origem a cada uma delas, afirmou Hilda Monte.
As obras resultam do trabalho da autora como historiadora e paleógrafa no TJAL, em constante diálogo com o Centro de Cultura e Memória do Poder Judiciário (CCM). O Último Enforcado do Império do Brasil, por exemplo, revisita o caso de Pilar, em Alagoas, e revela novos detalhes sobre a última pena de morte aplicada no país pesquisa que, segundo Hilda, revolucionou a própria narrativa da história brasileira sobre o tema.
Em 'O último enforcado' Hilda detalha o processo que deu origem à última pena de morte endossada pelo Estado do Brasil. Foto: Carolina Amancio (Ascom/Esmal)
Em Crônicas do Judiciário Alagoano, a escritora transforma processos curiosos e episódios marcantes da Justiça local em literatura acessível. Já Karawara termo indígena que significa luta é um romance histórico ambientado no Brasil Colônia, em que os dramas de duas famílias se entrelaçam com questões de poder, injustiça e resistência de povos negros e indígenas.
É uma obra em que o leitor se deleita com o enredo e, ao mesmo tempo, se depara com temas duros do nosso passado, como a escravidão, o patriarcado e o genocídio indígena. É pancada, minha gente, brincou a autora.
O lançamento integrou a programação da Esmal na Bienal, que destaca a literatura produzida por servidores e magistrados do TJAL e reafirma o compromisso da instituição com a preservação da memória e o incentivo à produção cultural alagoana.
A seleção de todos os livros lançados durante o evento foi realizada por meio de edital divulgado pela Esmal em junho. As obras inscritas precisavam ser de autoria ou coautoria de servidores ou magistrados do TJAL, inéditas, de cunho técnico ou literário, e publicadas em 2024 ou 2025.
Próximas atividades
A programação deste domingo (9), último dia de Bienal, no estande da Esmal segue com novos momentos de literatura e interação com o público.
Às 10h, o escritor Pedro Henrique Soares Lopes de Morais lança o livro Parece o Domingo, a única obra de poemas dentre os apresentados no estande em dez dias de Bienal.
À tarde, às 15h, o público infantil irá acompanhar a contação de histórias conduzida por João Victor Regis, autor de 'O Chapéu de Alecrim'. A atividade marca o encerramento das ações da Escola Superior da Magistratura na 11ª Bienal do Livro de Alagoas, celebrando o diálogo entre Justiça, cultura e educação.
Clique aqui para acessar a programação detalhada.
Carolina Amancio - Ascom Esmal/TJAL