O estande da Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal) recebeu, nesta quinta-feira (6), o lançamento do livro Educação escolar quilombola e emancipação: uma relação dialógica com Herbert Marcuse, de autoria do servidor efetivo aposentado José Bezerra da Silva. Publicada pela Pontes Editores, a obra resulta de sua tese de doutorado e analisa as conexões entre a educação escolar quilombola e o pensamento do filósofo alemão Herbert Marcuse.
O autor investiga como ambas as abordagens compartilham um compromisso com a emancipação humana e com a crítica ao sistema capitalista. Para ele, tanto a filosofia marcuseana quanto a prática quilombola representam caminhos de resistência e construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Durante o lançamento, José Bezerra contou que a pesquisa teve início em 2010 e se consolidou no doutorado, a partir de sua participação em um grupo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) dedicado à Escola de Frankfurt. A educação escolar quilombola traz elementos que se opõem ao modo de produção capitalista e valorizam território, ancestralidade, memória e oralidade, destacou.
Autor escreveu dedicatórias em exemplares vendidos . Foto: Carolina Amancio (Ascom/Esmal)
Segundo o autor, esses elementos ampliam o alcance da educação quilombola para além das comunidades tradicionais. Ela contribui para o combate ao racismo, ao sexismo e à violência, fortalecendo o respeito ao outro e à diversidade, completou.
O lançamento integrou a programação do sétimo dia de atividades da Esmal na 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, que tem valorizado a produção intelectual de servidores e magistrados do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL).
A seleção dos livros lançados durante o evento foi realizada por meio de edital divulgado pela Esmal em junho. As obras inscritas precisavam ser de autoria ou coautoria de servidores ou magistrados do TJAL, inéditas, de cunho técnico ou literário, e publicadas em 2024 ou 2025.
Próximas atividades
A programação do estande segue nesta sexta-feira (7) com ações da Coordenação de Direitos Humanos e da Comissão de Equidade Racial. Entre as atividades, estão a Biblioteca Humana com o coordenador Pedro Montenegro, a Caminhada do Privilégio Racial, oficina de turbantes, diálogo com o babalorixá Pai Manoel do Xoroquê, caixas de diálogo e o lançamento do livro Direito Administrativo Cidadão, organizado por Andréa de Azevedo Santa Rosa, Fábio Lins de Lessa Carvalho, Janaína Helena de Freitas e Nayanne Lays de Oliveira Lima.
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Carolina Amancio Ascom Esmal/TJAL