Servidores dos setores de engenharia e arquitetura do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) participam, nesta sexta-feira (12), do curso Acústica aplicada ao projeto arquitetônico, promovido na Escola Superior da Magistratura (Esmal). A formação é ministrada pela professora titular do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Maria Lúcia Gondim da Rosa Oiticica.
A docente explicou que a proposta da formação trata do comportamento do som nos ambientes, abordando a qualidade sonora como parte essencial desses espaços. O primeiro passo é orientar arquitetos e engenheiros para que compreendam os fundamentos do som e, a partir disso, saibam aplicá-los nos projetos, disse.
Maria Lúcia enfatizou que um projeto acústico bem elaborado colabora diretamente para a compreensão e o conforto dos usuários desses locais.
Um bom projeto acústico melhora a compreensão da fala nos ambientes. Quando o espaço não tem qualidade sonora, isso causa irritabilidade e dificulta a compreensão do que é dito. Não adianta termos um projeto bonito se ele não garante inteligibilidade. Muitas vezes, a pessoa só entende cerca de 70% da fala, devido à perda de som, completou.
Cláudia Lisboa, diretora de Infraestrutura de Obras e Serviços do TJAL (Dinfra), é uma das participantes do curso. Ela traçou um panorama acerca do que é realizado pelo setor em termos de condicionamento de som.
Com o tratamento acústico, principalmente em espaços de trabalho dos juízes e assessorias, conseguimos maior privacidade para as informações que circulam nesses ambientes, além de fóruns, salões de júri e auditórios. Mesmo que o curso seja breve, ele nos dá condições de avaliar e exigir dos projetistas soluções que realmente atendam às necessidades do Tribunal,revelou.
A diretora ressaltou que o cuidado com a acústica melhora o desempenho dos servidores no ambiente de trabalho.
Sons externos ou internos, como conversas paralelas, podem prejudicar a concentração e o rendimento. Com um bom projeto acústico, conseguimos reduzir esses impactos e criar condições melhores para todos, concluiu.
Filipe Norberto Ascom/Esmal