Servidores do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) participam, nesta quinta (12) e sexta (13), do curso Planejamento e gestão de emissões de gases de efeito estufa (GEE) em órgãos do Poder Judiciário.
A formação, ministrada por Fátima Pereira Pinto, acontece no Laboratório de Informática da Escola Superior da Magistratura (Esmal).
A docente, que também é Mestra em Tecnologia Ambiental, examinou que o sistema de Justiça tem a responsabilidade de dar o exemplo quando se trata de demonstrar seu compromisso com a economia de baixo carbono e sua adesão às práticas sustentáveis.
Vivemos um período crítico de emergência climática, e o Judiciário precisa não apenas fazer sua parte, mas também disseminar essas ações entre seus órgãos, funcionários e a sociedade, disse.
Ela ainda ressaltou que alcance do Judiciário é significativo, dado o número de pessoas que integram essa instituição. Por isso, é necessário, em primeiro lugar, cumprir internamente as práticas sustentáveis e, em segundo lugar, divulgar essas iniciativas.
Para Fátima, a capacitação possibilitará a adoção de programas e projetos voltados para a redução de emissões de gases efeito estufa através da medição dos resíduos.
O primeiro passo é entender as métricas e as metodologias para calcular essas emissões. Com os resultados das medições em mãos, os participantes poderão divulgar essas informações de forma padronizada e parametrizada, podendo assim cumprir a jornada rumo à descarbonização e a meta de emissão zero dos Tribunais de Justiça acrescentou.
Alexandre Caiado, coordenador do Núcleo Socioambiental do TJAL, salientou que a realização dessa capacitação atende à resolução nº594/2024 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que institui o Programa Justiça Carbono Zero .
Essa formação tem como objetivo preparar servidores aqui do TJAL e gestores de indicadores para a construção do inventário de emissão de resíduos. E considerando as resoluções do CNJ, é necessário que haja um esforço em grupo para fazer esse trabalho, afirmou.
Júlia Peixoto, servidora da Assessoria de Planejamento e Modernização do Poder Judiciário de Alagoas (APMP), falou sobre como o conhecimento adquirido pelo curso articulará futuras contribuições para um meio ambiente sustentável e um Judiciário atento a essas questões.
Para nós, que trabalhamos diretamente com o Núcleo Ambiental, esse curso é importante porque ele vai ajudar a gente a preparar o inventário da emissão de gases para posteriormente trabalharmos no planejamento da compensação de carbono, Programa Justiça Carbono Zero do CNJ. E consequentemente, isso impacta no meio ambiente e até no próprio valor da sustentabilidade que é pregada pelo tribunal.
Filipe Norberto Ascom/Esmal