Nesta segunda-feira (11), estudantes do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual Rosalvo Lobo, no bairro da Jatiúca, participaram de uma roda de conversa sobre letramento racial e antirracismo. A atividade foi conduzida pelo magistrado Vinícius Augusto, coordenador da Comissão de Equidade Racial do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL).
Durante o evento, cada aluno recebeu um exemplar da Bibliografia de Letramento Racial, - organizada pela Biblioteca Geral do Poder Judiciário - como material de apoio para a palestra. A diretora da Biblioteca, Mirian Alves, responsável pela publicação, e o coordenador de Direitos Humanos do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), Pedro Montenegro, acompanharam a palestra.
O Brasil é um país racista
Em sua fala, o juiz Vinícius Augusto abordou a importância da luta pela equidade racial e destacou dados do episódio nº 1.012 do podcast O Assunto, produzido pelo G1, que revela que 8 em cada 10 brasileiros consideram o Brasil um país racista.
Para Vinícius, o espaço escolar é essencial na formação de uma postura antirracista. A escola, como o próprio material que trouxemos hoje diz, é o ambiente propício para a luta pela equidade racial. Esses jovens estão prestes a ingressar no mercado de trabalho e na faculdade, e precisam ter uma formação sólida sobre o combate ao racismo e as práticas antirracistas, afirmou.
O juiz também ressaltou a relevância da participação do TJAL em atividades que levam conhecimento e garantem o exercício da cidadania, tornando-se um vetor de transformação na sociedade.
A professora de História, Aline Rocha, ressaltou que a roda de conversa complementa as atividades realizadas com os alunos durante o Mês da Consciência Negra. Comecei um trabalho sobre personalidades negras e o vocabulário antirracista. Ao saber dessa iniciativa do Tribunal, busquei trazer a palestra para a escola, explicou.
Segundo Aline Rocha, o objetivo é fomentar reflexões e incentivar os alunos a adotar atitudes antirracistas. Espero que o debate estimule questionamentos e provoque mudanças de comportamento, com uma agenda de atividades voltadas ao combate à discriminação racial, concluiu.
Filipe Norberto Ascom/Esmal