O Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE) promoveu, na quarta-feira (27), uma ação para cerca de 30 alunos do 9º ano da Escola Estadual Prof. Mario Broad. A dinâmica foi realizada por Everton Calado, psicólogo e professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). 

“A proposta foi fazer uma palestra mais dinâmica, interativa, de forma a abordar a saúde mental dos estudantes. Isso tudo de uma maneira bem leve, interessante para eles, pois muitas vezes eles sentem falta de serem escutados e percebidos", afirmou o psicólogo.

Equipe do PCJE com o psicólogo Everton Calado e Ana Maria, gestora da escola. Imagem cedida pelo PCJE.

Durante a dinâmica, Everton apresentou um caso fictício, no qual representava um pai com dois filhos adolescentes. O psicólogo enfatizou a preocupação do homem em relação aos problemas dos filhos, como autoestima, relacionamentos e política. 

Segundo o psicólogo, o enredo foi criado para que os estudantes se identificassem com os personagens, buscando a participação de cada aluno. De forma bastante interativa, o profissional solicitava a contribuição dos adolescentes ao longo da apresentação do caso, para que dissessem o que pensavam em relação às preocupações do pai com os filhos.

“A dinâmica foi muito bem recebida pelos estudantes,  eles interagiram, participaram e tiveram oportunidades de se expressar. Muitas vezes, eles só querem ser percebidos nas questões que eles mesmos trazem, então durante a dinâmica, criei uma maneira de se identificarem com o enredo”, disse Everton, que destacou que, ao dialogar com público dessa idade, é muito importante não demonstrar uma postura autoritária. 

Os estudantes ouvem e interagem com o psicólogo ao longo da dinâmica. Imagem cedida pelo PCJE. 

Ao final da dinâmica, Everton propôs uma oficina de cartazes. Dividindo-se em grupos, os estudantes utilizaram cartolinas para escrever frases de incentivo e conselhos aos personagens criados pelo psicólogo, os quais foram apresentados aos colegas de turma.  De acordo com o psicólogo, atividades nas quais esses jovens possam se expressar serão sempre positivas.

Alunas criando cartaz proposto pelo psicólogo. Imagem cedida pelo PCJE. 

“Nós, enquanto pais, professores e toda sociedade, reconhecemos que nossa realidade atual é muito desafiadora. Por conta disso, toda atividade que abre diálogo para esses adolescentes falarem da própria vida, das próprias questões, é espaço para que a gente possa entender o que eles estão vivenciando e absorvendo”, ensinou o profissional.

Para a gestora da escola, Ana Maria, dinâmicas como essa cativam os estudantes e são extremamente importantes para que eles possam se expressar, contribuindo na formação cidadã de cada um.

“Momentos como esse, oportunizados pela equipe do Cidadania e Justiça na Escola, têm sido de fundamental importância para o desenvolvimento pedagógico e também social dos nossos alunos, seja através do apoio psicológico, ou de experiências cidadãs inerentes às ações do projeto”, concluiu a gestora.

Mauricio Santana - Ascom Esmal/ TJAL

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