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Papel da mulher na família é debatido pelas juízas Ana Florinda e Joyce Florentino, em live
Com foco no Direito Sistêmico, as magistradas também falaram sobre violência doméstica e a importância da valoração do trabalho das mulheres
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Live foi realizada nesta quarta-feira, no Instagram
O papel centralizador das mulheres nas famílias e a importância da valoração do trabalho doméstico familiar foram alguns dos temas discutidos pelas magistradas Ana Florinda Dantas e Joyce Araújo Florentino durante live no Instagram. Com foco no Direito Sistêmico, o debate fez parte da programação do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) para a Semana da Mulher.
De acordo com a magistrada Ana Florinda Dantas, na maioria das famílias, a mulher é quem exerce os primeiros cuidados com os filhos, é a principal representante deles perante o Estado e desempenha papéis agregadores para a sociedade.
“E muitas vezes não é valorizado o tempo da mulher dedicado ao lar e aos filhos. Em muitas audiências de conciliação quando o homem é perguntado se a mulher trabalha e ele responde que não, que ela fica em casa tomando conta dos filhos. Isso eu escuto todos os dias. Essa centralidade da mulher precisa ser reconhecida, precisamos levar a sério e valorar esse tempo da mulher”, comentou a juíza Ana Florinda.
A visão sistêmica na violência doméstica também foi destacada durante a live. Segundo a magistrada Joyce Florentino, por muito tempo as agressões sofridas pelas mulheres não foram vistas como algo que afetava toda a família.
“Falo sobre essa necessidade de se observar a mulher nos casos de violência. Precisamos voltar os olhos para a mulher e para seu núcleo familiar. Tentar não só punir o réu, mas entender que nesse dinamismo da violência doméstica, que trabalha em círculos e é tão complicada de se perceber, os filhos também sofrem, ocorre uma desfuncionalidade na família”, explicou.
As juízas também falaram sobre a importância da restauração dos papeis familiares quando as relações terminam com conflitos. “A restauração não significa a reconciliação do casal, é a restauração dos papéis para que a mulher não deixe de ser mãe, o homem não deixe de ser pai e os filhos não deixem de ser filhos. O objetivo é que cada um continue exercendo seus papéis sem violência”, frisou Ana Florinda.
Os interessados nos temas podem assistir à live que está salva no perfil @tjal.oficial, no Instagram. A Semana da Mulher do TJAL ainda conta com bate-papos sobre os tipos de violência doméstica e canais de ajuda, além de lançamentos de vídeos e programas sociais voltados para as mulheres.
